13 de jul. de 2011

E O POVO PERGUNTA

Por que alguns políticos roubam 

Assim como eu, você também deve ficar escandalizado com a cara-de-pau de alguns políticos que metem a mão nos cofres públicos como se estivessem sacando dinheiro da própria conta.

Embora as notícias da roubalheira tenham sido mais intensas nos últimos tempos, a verdade é que essa prática não é privilégio dos dias atuais. Desde que o mundo é mundo alguns espertalhões sempre usaram a política para forrar os próprios bolsos.

Vamos tentar entender os motivos que levam alguns políticos a seguir o caminho, ou melhor, os descaminhos, que os colocam à margem da sociedade e em pé de igualdade com os bandidos da pior espécie.

São as condutas éticas que governam as ações sociais. Cada sociedade é organizada a partir de princípios éticos próprios da sua história, da sua cultura e do seu contexto.

Considerando-se que os políticos também fazem parte desse tecido social, não deveriam roubar. Quando, todavia, esse "representante do povo" surrupia a grana da população, passa por três estágios para chegar à deterioração ética:


  Não sentiu medo - A certeza de que não seria punido foi tão evidente que não teve medo de receber represálias para o seu ato inescrupuloso. Se uma pessoa tiver receio de que será punida, irá refrear seus impulsos e não cometerá o crime. O que anima o ato de delinqüência é o baixo risco de punição.


  Não sentiu vergonha - A frase "ele não tem vergonha na cara" pode ser interpretada como não se sentir menosprezado ou ridicularizado por não ter princípios éticos sociais. A vergonha é um valioso freio para os desvios sociais. 

Ao cometer o crime, esse político não sente vergonha de ser ridicularizado ou menosprezado pela sociedade, pois a falta de escrúpulos e de princípios já se instalou de forma tão acentuada no seu caráter que essas circunstâncias não aborrecem seu sono. 


  Não sentiu culpa. Como diz o psicoterapeuta Flávio Gikovate: culpa é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Quando sentimos na própria pele o mal que fazemos à outra pessoa, estamos experimentando o sentimento da culpa. 

Se um político desvia o dinheiro que seria usado para a compra do leite das crianças ou para a aquisição de ambulâncias destinadas aos pobres desprotegidos, a culpa passou longe de suas preocupações. 

Um político deve ser admirado e respeitado quando possui princípios éticos tão evidenciados que, se cometesse um deslize, antes de sentir medo de ser punido, sentiria culpa e vergonha pelos seus atos.

Não vamos perder a esperança, pois tem muita gente séria ainda na política. Cabe à sociedade, entretanto, construir sua proteção. Se a educação que alguns políticos receberam não foi suficiente para que sentissem culpa ou vergonha pelos crimes que poderiam cometer, que pelo menos sintam medo de ser punidos se não se comportarem como deveriam.
INGENUO OU BURRO?
O que deverá ter passado na cabeça de Marcos Alberto? Analizanto essa matéria acima citado, o prefeito hoje preso por corrupção Marcos Aberto certamente pensou que iria roubar e ficar impune.

E, por incrível que pareça, um dos maiores pesadelos do político é perder uma eleição. Que tal começarmos por aí?

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