2 de jul. de 2011

CIRCULANDO

O repórter do gazeta regional dando uma circulada pelos bairros da querida Nova Russas, foi surpreendido por um grande evento que estava acontecendo na noite deste sábado (02) na Escola São José no Bairro Timbaúba. Tratava se do chitão daquela unidade; A diretora Paulinha muito atenciosa recebeu a nossa reportagem que pode comprovar a grande organização que até então está reinando naquela escola.
A quadra da escola ficou lotada; pais e alunos com as atenções voltadas a apresentação dos grupos quadrilhas que exibiram beleza, cultura e a conservação do folclore nordestino.
A esposa do vereador e Presidente da Câmara Sergio Brito estava também presente e prestigiou cada passo da animada festa.
Parabéns para a Paulinha Diretora da Escola São José e todos os professores e funcionários que contribuíram para a realização deste grande evento.
Veja as Fotos dos Melhores Momentos. 











A NOTICIA DA PRISÃO DO PREFEITO DE NOVA RUSSAS GANHA DESTAQUE MUNDIAL

Prisão de prefeitos cearenses acusados de corrupção ganha repercussão nacional

Antônio Teixeira, de Senador Pompeu, e Marcos Alberto Torres, de Nova Russas, são citados na matéria.

Prefeitos na cadeia

Aperto na fiscalização das licitações, cruzamento de dados dos contratos e maior transparência no repasse de verbas levam pelo menos 17 prefeitos para trás das grades
Com a prisão prestes a ser decretada, o prefeito Antônio Teixeira de Oliveira (PT), da cidade de Senador Pompeu, no sertão cearense, embarcou em um ônibus fretado junto com outros 35 acusados de participar de um esquema de corrupção no município. Depois de passar dez dias foragido e ter o pedido de habeas-corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça, o prefeito acabou se entregando à polícia na quinta-feira 30. Embora a tentativa de escapar da cadeia escolhida por Oliveira tenha sido inusitada, cenas de prefeitos algemados sendo conduzidos por policiais estão se tornando cada vez mais comuns no País.
Apenas este ano, pelo menos 17 prefeitos foram presos, acusados de fraudar licitações e desviar recursos públicos. “Eu ainda acho pouco”, afirma Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), o órgão encarregado de fiscalizar a aplicação de recursos federais nos municípios. Com o aprimoramento do controle, o cruzamento de dados entre diferentes instituições do governo e a maior transparência do repasse de recursos públicos, os desvios ficaram mais evidentes.
O repasse de recursos da União para os municípios segue o modelo de transferências obrigatórias, previstas na Constituição – principalmente para a saúde e a educação –, e voluntárias, definidas livremente pelo governo federal. Num país com as dimensões territoriais do Brasil, o sistema tem o objetivo de democratizar as verbas públicas, mas enfrenta dificuldades. Mesmo assim, só neste ano a Polícia Federal deflagrou sete operações envolvendo prefeitos. A estimativa de valores desviados ficou em R$ 279 milhões. Em boa parte dos casos, os policiais federais trabalharam a partir de irregularidades levantadas pela CGU, cujo Programa de Fiscalização por Sorteios, criado em 2003, já fiscalizou quase 33% dos 5.564 municípios brasileiros. “Quanto mais se afasta da origem dos recursos e mais se aproxima dos municípios, mais difícil é o controle”, avalia o delegado da Polícia Federal Josélio de Souza, que coordena as operações que investigam desvios de recursos públicos em todo o País.
A forma de atuação das quadrilhas é conhecida pela Polícia Federal. Tudo passa por fraudes nas licitações e por superfaturamento nos contratos. Num dos modos de saquear os cofres públicos, a iniciativa parte do fornecedor de produtos e serviços, que faz a cooptação com o prefeito e depois divide o dinheiro desviado. No outro modelo criminoso, o próprio prefeito exige que o prestador de serviço fixe um sobrepreço. Na fraude à concorrência pública, o mais comum é o conluio entre empresas, para obrigar a prefeitura a comprar o produto por um preço acima do mercado. Há também situações de acordo entre todas as partes envolvidas.
Com a descentralização das verbas, os órgãos de controle público esperavam que houvesse um maior controle dos recursos por parte da própria sociedade. A ideia era que, reunidos em conselhos, pais de alunos, por exemplo, denunciassem a falta de merenda escolar e a baixa qualidade de carteiras e de material didático. “A expectativa otimista, e até romântica, de que os conselhos locais dessem conta de evitar os desvios se mostrou um equívoco”, afirma o ministro-chefe da CGU. Na prática, a maior transparência na distribuição dos recursos dificulta a vida dos prefeitos corruptos, mas não impede os desvios.
Para aprimorar as ferramentas de controle e investigação, a própria Polícia Federal precisaria criar uma unidade especializada apenas nesse tipo de crime. Atualmente, as fraudes contra a administração pública são investigadas pela Coordenação-Geral de Polícia Fazendária, que apura muitos outros crimes, como contrabando e sonegação fiscal. Outro entrave no combate aos desvios é o fato de os processos não culminarem na devolução do dinheiro desviado. “Como prevalece a presunção da inocência, os réus têm tantas possibilidades de recursos que os processos não caminham para a condenação final”, reclama o ministro-chefe da CGU. O delegado Souza concorda: “Se não há punição, outras pessoas se sentem encorajadas a praticar o mesmo crime. Há a percepção de que o Estado não está presente.”
A boa notícia é que, na terça-feira 28, a presidente Dilma Rousseff assinou um decreto essencial para a fiscalização. Agora, todas as transferências obrigatórias por lei – caso do SUS e da merenda escolar – só poderão ser movimentadas em contas específicas, por meio eletrônico, mediante crédito na conta do fornecer ou prestador de serviço. “Acabou o saque na boca do caixa”, comemora o ministro-chefe da CGU. Ao mesmo tempo, a presidente prorrogou por 90 dias o decreto de liberação dos restos a pagar de 2009. São recursos de obras que já estavam contratadas, mas havia faltado dinheiro para a execução. Com a medida, os prefeitos ganham mais R$ 3 bilhões para fazer pequenas obras nos municípios. E os auditores e policiais, mais objetos de investigação.


IMAGEM DO DIA

TODOS NO MESMO PALANQUE

NOTICIA DO MINUTO

PRESO, MORAESINHO AFIRMA QUE TEM MEDO DE MORRER


Empresário está recolhido numa delegacia de Fortaleza, que é mantida sob sigilo por questão de segurança, e diz que seu nome está sendo utilizado indevidamente em muitos casos. Segundo ele, há "mil Moraisinhos no Ceará"

Apontado pelo Ministério Público Estadual como um dos mentores do esquema de fraudes em licitações em prefeituras cearenses recentemente descoberto, o empresário Raimundo Morais Filho, o Moraisinho, diz ter medo de morrer. O POVO descobriu onde ele está preso há 45 dias, em local que a Polícia e o Ministério Público mantêm sob sigilo por questões de segurança, e na noite da última quarta-feira conversou com ele, com exclusividade, sob as vistas de um delegado especializado. 

O POVO opta por não identificar o local onde Moraisinho se encontra recolhido, a pedido dele próprio, já que diz ter sido ameaçado de morte. O empresário afirma que vem tomando remédio controlado para tentar diminuir a tensão.

Em conversa de cerca de meia hora com O POVO, o empresário admitiu sua parcela de participação em alguns casos, mas alegou que não agia sozinho e que não é o culpado em todos as denúncias feitas contra ele. “Se todo problema em licitações de prefeituras no Ceará for atribuído a mim, vai ser um absurdo. Todo dia é um mandado de prisão preventiva em cima de mim, como se tivesse feito tudo. Assim como eu, existem mil ‘Moraisinhos’ no Ceará”, desabafou.

Moraisinho diz ser dono apenas de uma empresa -a Falcon Construtora e Serviços Ltda -, dentre as apontadas pelo Ministério Público como participantes do esquema fraudulento. Quanto às outras empresas consideradas “laranjas” pelos promotores que participam da investigação, ele diz que “ter uma empresa no Brasil é difícil, imagine ter mais de uma”.

O empresário ressaltou, ainda, que não se conforma com a maneira como estão expondo o seu nome. “Não é querendo ser santo, mas estão colocando muita coisa em cima de mim”, reforça Moraisinho, acrescentando que outras pessoas também estão envolvidas no caso.

“Existe prefeito preto e prefeito branco, mas burro não existe mais não”, disse Moraisinho durante a conversa, referindo-se à defesa de alguns prefeitos investigados, que alegaram ter sido “ludibriados” pelo empresário.

Para o futuro, o empresário e estudante de Direito de 39 anos, que disse ter “envelhecido 10 anos no último ano”, pretende sair da prisão e reconstruir a sua vida. “O que eu posso fazer agora é me defender na Justiça”.
 
Entrevista
Demonstrando-se receoso em muitos momentos, Moraisinho não aceitou ser fotografado e só admitiu gravar uma entrevista com a presença do seu advogado de defesa, Paulo Quezado. O empresário, inclusive afirmou ter interesse em concedê-la, alegando que desde o início do caso não tem tido oportunidade de se defender na imprensa. “Estão querendo fazer de mim um monstro, o que eu não sou”, destacou. O POVO fez contato com o advogado, ainda na quinta-feira, e ele disse que precisava falar pessoalmente com seu cliente, no dia seguinte (ontem).

Ontem, O POVO voltou a fazer contato para tentar viabilizar a entrevista com o empresário. Apesar da presença da repórter no local onde ele está preso, de 15h até 20h30min de ontem, conforme tinha sido acertado, a ausência do advogado tornou a entrevista impossível.

Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA

Moraisinho é peça-chave na investigação em torno de esquemas de fraude de licitações em prefeituras recentemente descobertos. Portanto, o cuidado demonstrado em protegê-lo é totalmente justificável.

FRASES
“Todo dia é um mandado de prisão preventiva em cima de mim, como se tivesse feito tudo. Assim como eu, existem mil ‘Moraisinhos’ no Ceará”.

“Estão querendo fazer de mim um monstro, o que eu não sou”.

“Não é querendo ser santo, mas estão colocando muita coisa em cima de mim”.

“Existe prefeito preto e prefeito branco, mas burro não existe mais não”.
Raimundo Morais Filho, empresário

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